A igreja reservou a quinta-feira como o dia dedicado ao santíssimo sacramento este fato deve-se primeiramente a intuição da eucaristia: É o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue de Jesus que Ele instituiu na Quinta-feira Santa, na noite em que ia ser entregue, quando celebrava com os seus Apóstolos a Última Ceia.
“Tomou em seguida o pão e depois de ter dado graças, partiu-o e deu-lhe, dizendo: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Do mesmo modo tomou também o cálice, depois de cear, dizendo: Este cálice é a Nova Aliança em meu sangue, que é derramado por vós” (Lc 22, 19-20)
Na Eucaristia está Jesus Cristo de modo verdadeiro, real, substancial: em Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Nela está presente de modo sacramental, ou seja, sob as espécies eucarísticas do pão e do vinho, Cristo todo inteiro: Deus e homem. Os cristãos creram desde os primórdios na presença real de Jesus na Eucaristia.
A devoção ao santíssimo Sacramento começou a aumentar com a festa de corpus christi
No final do século XIII surgiu em Lieja, Bélgica, um Movimento Eucarístico cujo centro foi a Abadia de Cornillon fundada em 1124 pelo Bispo Albero de Lieja. Este movimento deu origem a vários costumes eucarísticos, como por exemplo, a exposição e bênção do Santíssimo Sacramento, o uso dos sinos durante a elevação na Missa e a festa do Corpus Christi.
Santa Juliana de Mont Cornillon, priora da Abadia, foi escolhida, por Deus para criar esta Festa. A santa desde jovem teve uma grande veneração ao Santíssimo Sacramento. Esperava que algum dia tivesse uma festa especial ao Sacramento da Eucaristia. Este desejo, conforme a tradição foi intensificada por uma visão que teve da Igreja sob a aparência de lua cheia com uma mancha negra, que significava a ausência dessa solenidade. Juliana comunicou esta imagem a Dom Roberto de Thorete, bispo de Lieja, também ao doutor Dominico Hugh, mais tarde cardeal legado dos Países Baixos e Jacques Pantaleón, mais tarde o Papa Urbano IV. A festa mundial de Corpus Christi foi decretada em 1264, 6 anos após a morte de irmã Juliana em 1258, com 66 anos. Santa Juliana de Mont Cornillon foi canonizada em 1599 pelo Papa Clemente VIII.
Dom Roberto não viveu para ver a realização de sua ordem, já que morreu em 16 de outubro de 1246, mas a festa foi celebrada pela primeira vez no ano seguinte, na quinta-feira após à festa da Santíssima Trindade. Então a igreja recomenda que toda quinta feira a devoção ao santíssimo Sacramento; Do sacrário ele nos chama continuamente: “ vinde a mim vós todos que estais cansados e eu vos aliviarei” (Mt 11,28) Uma das nossas maiores ingratidões para com Jesus é o abandono em que o deixamos em muitos dos nossos sacrários. A igreja o chama de “prisioneiros dos sacrários”. Há dois mil anos Ele está ali, “Eis que estarei convosco todos os dias até o fim do mundo “ (Mt 28,20)
Na Encíclica “Ecclesia de Eucaristia”, o Papa João Paulo II chamou a atenção para a falta de adoração eucarística: “ De fato, há lugares onde se verifica um abandono quase completo do culto de adoração eucarística” (n.10) Diante do Senhor exposto no santíssimo Sacramento podemos repetir muitas vezes aquela oração reparadora que o anjo, em pessoa ensinou as crianças em Fatima, nas aparições de nossa senhora, em 1917: “Meu Deus! Eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não vos amam! ” “Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-Vos profundamente e ofereço-Vos o Preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E, pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores. ”
Fonte: Equipe Templário Maria
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