Jesus Cristo confiou à Igreja, 2000 anos atrás, a Missão de evangelizar todos os povos até os confins da terra. Devemos semear a Palavra de Deus em meio à indiferença e à violência, que tentam anular o bem já semeado em todo esse tempo.
O Papa João Paulo II nos fez um convite no início do novo milênio, que foi bastante explícito: Duc in altum! Vamos adiante, com esperança! Um novo milênio se abre diante da Igreja, como um oceano no qual devemos nos aventurar, com a ajuda de Cristo. O mandato Missionário nos introduziu ao terceiro milênio convidando-nos a manter o entusiasmo próprio dos primeiros cristãos: podemos contar com a força do próprio Espírito do Pentecostes (cfr Novo Millennio Ineunte, 58).
Ao longo dos séculos, a Missão da Igreja não foi fácil, muito menos isenta de obstáculos: foi sempre alimentada pelo sangue dos mártires, pelo sofrimento e privações dos Missionários, pelo sofrimento daqueles cristãos que, mesmo torturados, não renegaram sua fé.
A Igreja deve continuar a desempenhar sua tarefa Missionária de anunciar Jesus, único Salvador, convidando todos a reconciliar-se com Cristo. Hoje, somos chamados a ser Missionários e evangelizadores em um tempo marcado pela fragmentação dos valores, pelo pluralismo teológico e pelo conseqüente relativismo do problema da verdade. Mas este também é um tempo que manifesta a ação do Espírito Santo no meio de nós e que se abre às exigências da esperança e da solidariedade entre todos os homens de Boa Vontade.
Diante dessa realidade, como ser um Missionário em nome de Jesus Cristo no mundo atual?
A primeira resposta nos vem do Espírito Santo: acolhemos Cristo sem limites ou condicionamentos, aceitando corajosamente deixarmo-nos conquistar sem erguer muros de interesses humanos ou de egoísmo; em outras palavras, é preciso fazer com que Cristo viva e aja em nós. É preciso levar a todos os povos, o Cristo Vivo e Vivido! O Missionário, neste Terceiro Milênio, leva o Evangelho de Cristo a todos os povos e atua em uma situação mundial profundamente transformada em relação a poucas décadas atrás, hoje, o anúncio se faz em um contexto novo e díficil. É sob os olhos de todos que está a violência que sofrem os indefesos, são várias situações de morte em todos os lugares em que atuam nossos Missionários, como também o crescimento desenfreado da indústria do Aborto. Diante dessas situações, o Missionário contrapõe o anúncio do Evangelho de Cristo, que veio trazer a todos os homens a dignidade do filho de Deus, a plenitude da vida, no respeito e no amor.
O Missionário de hoje prega o Evangelho e a mensagem autêntica de Cristo com a sua pessoa, com o seu testemunho transforma as realidades ao seu redor.
São muitos e diversificados desafios enfrentados pelos Missionários, que procuram ser outro Cristo, levando a paz e a justiça aos homens. Diante da violência, Cristo responde com seu Evangelho, de forma autêntica e necessária aos nossos dias.
Em muitas nações, os católicos não chegam a 0,5%. Dos mais de 6 bilhões de pessoas que povoam a Terra, mais de dois terços ainda não conhecem Jesus Cristo, ou não O reconhece como Deus. Como recordou o Papa João Paulo II, estamos no início da evangelização. Diante dessa estatística, acredito que não conseguimos ficar indiferentes.
Você pode ser um missionário Ad Gentes, ir para além fronteiras, como eu, mas para você que não recebeu esse chamado de Deus, faço um convite: seja um missionário aí onde você vive. Seja um proclamador da Boa-Nova. Assuma que todo batizado é um missionário, o que difere são os campos de atuação de cada um.
Depois de 2000 anos a Igreja está sendo chamada a programar a obra Missionária como nos primeiros tempos. A evangelização encontra dificuldades objetivas, mas é confortada também por tantos sinais positivos que caracterizam a realidade Missionária e que são a prova palpável de um futuro pleno de esperança, que infunde em nossos corações.
Faça parte daqueles que querem construir o Reino de Deus, que querem implantar a Civilização do Amor neste Terceiro Milênio! Que são sementes de esperança e do amor de Deus num mundo tão carente de Deus!
Estamos juntos na mesma missão: resgatar almas para Deus!
Fonte: Canção Nova
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